"Éramos mais fortes do que imaginávamos"


Fui criado em Curitiba, Paranaguá e cidades Vizinhanças no PR. Estudei em escola Estadual e Municipal que tinha o porquinho, quatro zóio, o gordo, o magrela, o oreia, o mãozinha, o piolhento o Bunda Branca, o butijão enfim muitos outros apelidos e todos eram zuados como brincadeira. Não era BULLING. Éramos humildes, não tínhamos bolsa família, cesta básica, não havia Google e nem Wikipédia, existia e alguns tinham as enciclopédias, a Barsa, A Conhecer, mas nos não tínhamos, pesquisas de estudo eram feitas nas bibliotecas públicas, apresentações em cartolinas, nos papeis pardo ou verde.
SOU DO TEMPO EM QUE: O pão era a opção de café da manhã, quando tinha, o famoso "Ki Suko" pó da morte era R$0,10. Comia farinha com açúcar, A frase:"peraí mãe" era pra não sair da rua e não do computador...
Apanhava de chinela havaiana, ficava de castigo e nem por isso me tornei um rebelde sem causa...
Crianças tinham brinquedos e não celular, e criavam os seus bri nquedos. Crianças colecionavam figurinhas e não namorados ou namoradas. Batia figurinha, bafo, e não nos colegas e se acontecia no outro dia tudo estava bem, não se batia em professores que aliás eram muito respeitados e admirados). Cantava o Hino Nacional com a mão no peito. Brincava de polícia e ladrão( já fui bandido/ ladrão e policia, e quando faltava luz, de amarelinha, esconde-esconde, jogava taco , queimada, passa anel, vôlei, pique bandeira, jogava bola de gude, usava roupas infantis e não me vestia como adulto, soltava bombinha e pipa, jogava bola descalço nas ruas de areia, na terra, brincava em valetas, de quem você gosta, respondia cadernos de confidências, kkkkkk. Assistia Flintstones, Jhonny Quest, Jaspion , Caverna do Dragão, Batman, Tarzan, Rim-tim-tim, Daniel Boom entre outros etc. O único pó que eu era viciado era o leite em pó, tinha o apelido de Ninho( Leite Ninho) Paulinho, e a única bebida era o Biotônico/Sadol e/ou emulsão Scott . Tocava a campainha e corria. Soltava pipa na rua, brigava na rua, era chamado para defender os irmãos, era bom que os defendesse, senão chegava em casa e o bicho pegava de novo, mais uma coça da mãe, já que meus pais no meu caso se separaram quando eu tinha cinco anos, não culpei o governo, sociedade, o pai ou mãe ou o mundo, fomos a luta a lida do dia a dia, aos 8 anos já trabalhava, vendendo dolé, sorvete, bolinho de banana, catando grãos no Porto de Paranaguá-PR, engraxate, aterrando terrenos, mais adiante na Hermes Macedo, Garcia Mat de Const., Forúm, etc e a infância foi saindo e entrando adolescência precoce. Tinha dever de casa para fazer e educação física de verdade. Não importava se meu amiguinho era negro, branco, pardo, pobre ou rico, católico ou evangélico. Menino ou menina todo mundo brincava junto e como era bom, e ajudava em casa no terreno, tinha "papo cabeça", conversas na esquina até altas horas, pedia benção, para todos era senhor ou senhora, desculpe, por favor, muito obrigadu....
Saudades da época em que a chuva tinha cheiro de terra molhada ... E a felicidade tinha gosto de geladinho de morango...
A nossa unica dor era quando usávamos merthiolate...
Boas lembranças e a certeza de que éramos felizes !!!
E agora seguimos fazendo a diferença na vida das pessoas
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Se passou por isso, copie e cole, atualize o texto na sua linha do tempo!

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