Retrato do Vendedor

Retrato do Vendedor

O retrato não é meu, mas bem poderia ser, tendo em vista que já passei por todas estas fases de vendedor nesta minha longa trajetória profissional  de vendedor, supervisor, gerente de Vendas, Consultor de Empresas nas áreas de Marketing e Vendas, Diretor etc...  e pode ser também a sua fotografia confira...

Para o Hoteleiro, um bom freguês, um bom cliente
Para o Patrão, um malandro,
Para a Mãe, um sofredor
Para a sogra um  boa vida.
Para a Esposa, um eterno namorado, deixando-a sempre saudosa
Para as mocas, um galante
Para o Gerente, um alfinete no mapa da Zona de Vendas
Para o Supervisor, uma quota a ser coberta
Para o contador, um custo a contabilizar.
Para o cliente, um "atuchador"
No entanto, ele precisa ter a resistência de Hercúles para enfrentar o sol,  a chuva e outras condições adversas.
Deve possuir a Arte de Maquiavel para convencer os clientes, a garra de Senna, para não desistir.
Deve ter o tato de um diplomata, a eloqüência de um orador, o encanto de um galanteador,  e a agilidade de um matemático.
Deve ser impermeável aos insultos e as queixas, a indiferença, a cólera, ao desprezo e ao efeito dos aperitivos que toma em companhia de um cliente.
Tem de ser capaz de vender todos os dias,  e entreter alguns clientes durante a noite
Dirigir pela madrugada ate a cidade mais próxima e estar  pronto para o seu trabalho as 08hs com a disposição de um atleta, tão fresco como uma flor do campo.
Tem de ser entendido em futebol e nos carteados, contar boas anedotas, ser homem de negócios, politizado, bem informado, agradável companheiro de mesa, atencioso ouvinte de historias tristes e anedotas pesadas. Deve ser percebido como o amigo. Ter uma infinita rede  de relações.
Bem quisera que seus  produtos fossem ainda melhores e mais aceitos, seus preços menores, sua comissão mais elevada, sua zona menor, seus concorrentes mais leais, sua mercadoria entregue a tempo, seu chefe simpático, sua propaganda mais eficiente e seus clientes mais humanos.
Entretanto ele e  realista, sabe que nada disso acontecera, mas e otimista e de qualquer maneira realiza sua venda.
Viaja solitário em seu carro, ônibus, trens, táxis, avião, sabendo que a solidão de um quarto triste de uma hotel e sua única companheira, frenquentemente.
A cada dia carrega nos ombros o peso morto das vendas do mês que passou e a cota requerida para o mês seguinte,  sabe que o descanso do guerreiro começa no ultimo dia do mês, e seu labor no primeiro dia do mês seguinte.
E ainda terminado o trabalho de rua, do mês, da semana e  do dia tem de enfrentar a essa maldição de vendedor, a Burocracia!!!
Apesar de tudo isso, não deseja ser outra coisa na vida, e ele e ele mesmo e o primeiro a proclamar;.......


Sou Vendedor ....!!!!
Paulo Roberto Kroich Gomes
Publicado a primeira vez em 2006 e posteriormente em 2014

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